Hoje, o Brasil ocupa a décima segunda posição no ranking internacional da área de tecnologia. O ritmo de crescimento é maior que os principais concorrentes diretos, como Austrália, Holanda e Espanha. Considerando apenas a parte de softwares e serviços, o total movimentado no país foi de US$ 15,66 bilhões em 2009. Ao todo, são 8.478 empresas trabalhando na área de tecnologia no Brasil, desse total 94% são micro e pequenas empresas.
Florianópolis atualmente abriga uma empresa de base tecnológica para cada 888 habitantes e possui cerca de 600 estabelecimentos de software, hardware e serviços de tecnologia, os quais geram 4.936 empregos diretos (RAIS, 2008) e mais outros milhares de empregos indiretos. A qualidade e o desempenho das empresas do Pólo local têm rendido, além do sucesso de mercado, reconhecimento nacional.
Estas empresas de base tecnológica formam o grupo de atividade organizada que mais fatura e o segundo que mais paga Imposto Sobre Serviços (ISS) no município de Florianópolis. O setor de tecnologia impulsiona também o crescimento de outros setores da economia, entre eles o da construção civil - para a instalação de novas empresas, o de turismo - atraindo eventos de negócios, e o setor de serviços - diante da necessidade por assessorias e consultorias em diferentes áreas.
A criação e o crescimento do pólo tecnológico de Florianópolis é resultado de uma ação cooperada entre os governos federal, estadual e municipal, a universidade Federal e a iniciativa privada. A sua criação começa na década de 60 ate os dias de hoje.
Década de 60
A história do pólo tecnológico de Florianópolis começou em 1960, com a criação da Universidade Federal de Santa Catarina e com a implantação no Instituto Federal de cursos em novas áreas e especialidades. Com a expansão dos mesmos, aumentou a implantação de laboratórios e grupos de pesquisa, gerando um ambiente de conhecimento, inovação, pesquisa e desenvolvimento.
Década de 80
No ano de 1984, foi criada a Fundação CERTI (centro de tecnologia e inovação), que desenvolve produtos para empresas no Brasil e no Exterior. Em 1986, surgiu em Florianópolis a primeira incubadora de base tecnológica do país, denominada quase uma década depois, de CELTA (Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas). No mesmo ano, foi criada a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e o Condomínio Industrial de Informática (CII), na Trindade.
Década de 90
Em 1993 foi implantado o Parque Tecnológico Alfa, no Bairro João Paulo. Com 100 mil metros quadrados e com mais de 70 empresas de tecnologia instaladas, o Parque Tecnológico materializou a proposta de um ambiente voltado para a inovação. Dois anos depois, foi criada a Fundação de Apoio à Pesquisa de Santa Catarina (FAPESC), concebida para fomentar as atividades de ciência, tecnologia e inovação no Estado. Em 1998, foi implantado a incubadora MIDI (Micro Distrito Industrial) Tecnológico que, assim como o CELTA, consolidou e tornou referência nacional o modelo catarinense de incubação.
Anos 2000
No ano de 2000 foi criado o Labelectron, um laboratório-fábrica que tem como objetivo apoiar a elaboração de projetos e a produção de produtos eletrônicos.
Ano 2002
Em 2002, surge o projeto do Sapiens Parque, um parque de inovação com 4,5 milhões de metros quadrados, criado para a implantação de empresas e iniciativas inovadoras em tecnologia, turismo e serviços.
Ano 2006
No ano de 2006, Florianópolis foi eleita uma das “10 cidades mais dinâmicas do mundo”, título conferido pela revista internacional Newsweek.
2009, 2010 e 2011
Em 2009, foi criado o Parque Tecnológico ACATE (ParqTec ACATE), em Santo Antônio de Lisboa, consolidando assim a Via da Inovação, formada por universidades, centros tecnológicos e condomínios para empresas de tecnologia ao longo da Rodovia SC 401. No mesmo ano, foi regulamentada a Lei Catarinense de Inovação, ferramenta para impulsionar ainda mais o setor tecnológico de Florianópolis e de todo o Estado.
Também em 2009, foi criada a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável da Prefeitura de Florianópolis (SMCTDES), com o objetivo de consolidar e ampliar o papel da administração municipal no crescimento econômico do município. Em março de 2010 foi lançada a logomarca Capital da Inovação, representando a identidade de Florianópolis como celeiro de iniciativas inovadoras.
Segundo previsões do Governo do estado de Santa Catarina neste ano de 2011, Florianópolis poderá ser considerada como o coração tecnológico do país,devido ao intenso crescimento de empresas tecnológicas no estado e no aumento da procura destas tecnologias.