8 de agosto de 2011

Construção Civil e Tecnologia da Informação



Apesar de ter uma representante entre os dez primeiros colocados da pesquisa 'As 100+ Inovadoras no Uso de TI', realizada pela Deloitte, o setor de construção civil é marcado pelo conservadorismo e tem uma das piores médias em processo de inovação. Mesmo com o ganho de força de negócios diante de projetos governamentais como o ‘Minha Casa, Minha Vida’ e obras de infraestrutura que se alastram pelo território nacional, mirando eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão sediadas do Brasil, o segmento ainda mantém uma postura conservadora quando se discute aplicação de tecnologia.

Porém, ainda que diante deste diagnóstico, algumas companhias não deixam de investir em TI, seja para suportar alguma necessidade de mercado, atender à demanda de clientes ou mesmo prover infraestrutura para a abertura de novas unidades. Por exemplo, na Enasa (segunda colocada da pesquisa 100+, na categoria construção civil da Revista InformationWeek Brasil), até o ano passado não se falava em orçamento específico para a área de TI.

Segundo o CIO da companhia, havia apenas o levantamento dos projetos necessários para atingirem-se as metas de negócios, uma cotação e depois, um aval positivo ou negativo. Porém, o executivo afirma que já houve um avanço considerável e o investimento em tecnologia deve encerrar o ano em R$ 3,5 milhões, por conta de dois projetos vistos como mais significativos, que é o controle online efetivo de todas as obras para a administração e saber o quanto de ‘hora x homem’ é realmente gasto em cada uma delas. Hoje estes controles até existem, mas leva até duas semanas para consolidar os dados coletados em campo.

Há também na empresa uma força-tarefa em computação em nuvens, para revelar módulos do ERP Dynamics neste ambiente e, embora não haja um processo formal de inovação na companhia, eles trabalham com PMI, além de KPI níveis 1, 2 ou 3. "Temos processos e documentações internas, o surgimento de ideias é um misto. Temos o comitê de governança e gestão na TI, onde me reúno quinzenalmente com os coordenadores. A ideia de nuvem veio de um deles", afirma o CIO.

Embora ainda haja desafios na construção de processos de inovação e precisão nos orçamentos, o maior deles será cultural para que as mudanças e benefícios aconteçam de maneira ordenada e homogênea em todo o Brasil, de forma a garantir a satisfação dos executivos, diretores e clientes da construção civil.


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