30 de agosto de 2011

Como tornar o BI mais ÁGIL


O NEOInfo já abordou o tema BI com o post sobre o valor deste na tomada de decisões (clique aqui para acessar). Hoje ressaltamos a importância da adaptação e dinâmica na aplicação do Business Intelligence.

 Quando se trata de BI, a perfeição é uma questão de contexto, ou seja, o que é definido como ideal durante o processo de requerimento pode se tornar obsoleto ao final do mesmo. As empresas necessitam de agilidade para obter sucesso, bem como o processo de entrega e análises de BI também precisa de flexibilidade.

As equipes de TI têm investido muitos recursos (tempo, dinheiro, etc) para chegar a um BI perfeito. De modo geral, todas as etapas são realizadas até que seja lançado o produto para o usuário final, porém, infelizmente, a jornada para alcançar a perfeição resulta apenas em uma idealização.

A fim de aprofundar cada vez mais o tema e deixar evidente a contribuição do BI em um ambiente corporativo mais ágil, destacamos cinco elementos essenciais:

1. Desenvolvimento: neste caso, o fator fundamental é a necessidade de um processo ágil que reduza ciclos e acelere o tempo de distribuição dos pedidos de BI. Em um nível mais avançado são aplicados ao problema processos de desenvolvimento como, por exemplo, o Scrum e Extreme Programming. Uma metodologia ágil pode melhorar fundamentalmente a maneira como os usuários recebem o valor dos serviços de BI.

2. Gerenciamento: um gerenciamento ágil determina ótimos benefícios tanto à área de TI, quanto ao negócio como um todo. Os requerimentos são precisos e claros e o risco de resultados falhos é reduzido, já que cada ciclo entrega novos conjuntos de funcionalidades e a qualidade se torna parte do desenvolvimento, uma vez que os bugs são encontrados e adequados cedo. 

3. Infraestrutura: basicamente, no padrão de BI a informação vai das fontes de dados para o armazenamento operacional, e é fornecido aos usuários como relatórios em uma interface. Para otimizar essa arquitetura, não há muito o que fazer quanto às fontes de dados, uma vez que a empresa solicitante pode não ser a responsável por todas elas, mas, por outro lado, há muito o que fazer para otimizar a integração destes. Tal procedimento que pode ser realizado de forma virtual, por exemplo, e permite que o usuário visualize dados no início do ciclo de desenvolvimento, o que ajuda a refinar os requerimentos. Essa arquitetura sustenta, também, BI em tempo quase real com mais facilidade do que o modelo ETL padrão.

4. A Nuvem: empresas com sistemas internos problemáticos podem usar a nuvem para evitar upgrade de hardware e software, ou se beneficiar delas quando fontes alimentam mudanças em armazenamento de dados. Digamos, um sistema legado é substituído por um sistema comercial, pronto para o uso – todo o mapeamento fundamental e infraestrutura de BI precisam ser refeitos. Quando um sistema ERP é adotado para eliminar uma grande quantidade de aplicativos, talvez existam módulos de BI associados ao pacote de ferramentas que possam ser implantados na nuvem. 

5. A TI e o BI: a agilidade é orientada pela necessidade de servir usuários finais, na capacidade de ser sempre relevante e capaz de responder às solicitações. Para alcançar eficiência máxima, o departamento de TI precisa interagir com o negócio e se inteirar de seus problemas. Uma equipe de BI com alta circulação entre projetos terá mais dificuldade em aproveitar as lições aprendidas.

Por fim, é preciso ter cuidado com a burocracia, que geralmente é imposta por processos viciados e pouco produtivos. Executivos e profissionais de TI devem se comprometer completamente com o desenvolvimento ágil. Só assim a necessidade por velocidade pode ser refletida na infraestrutura de BI.


22 de agosto de 2011

Employer Branding

Para que uma empresa seja considerada ‘competitiva’, não basta que ela tenha os melhores produtos, é preciso também que ela ofereça as melhores vagas


As ações de Marketing das organizações atuais tem se focado bastante na satisfação da equipe de trabalho para atrair novos talentos à empresa. Este conceito que começa a surgir no Brasil, chamado de Employer Branding, já é bem difundido na Europa, EUA e pode ser definido como a imagem da organização, tida por seus os colaboradores e stakeholders (candidatos ativos e passivos, clientes e outras partes interessadas no mercado de trabalho), ‘como um ótimo lugar para se trabalhar’. 

Embora o objetivo seja atrair talentos e aumentar a satisfação dos colaboradores, o Employer Branding também afeta diretamente o Marketing das empresas perante os clientes. Demonstrar preocupação com a equipe faz com que a organização ganhe valor, além de poder contar com funcionários satisfeitos que rendem mais em menos tempo, aumentando a produtividade, qualidade dos serviços e valor da marca. 

Mesmo sendo amplamente adotado no exterior, o tema Employer Branding ainda é novo no Brasil. Na visão do professor, consultor e coach André Dametto, “é necessário considerar o talento como um dos principais, senão o principal ativo organizacional. Todo o ciclo de vida destes deve ser mapeado, desde o momento em que são atraídos a trabalhar na organização, passando pelas fases de aplicação no cargo, desenvolvimento constante, recompensa, avaliação de desempenho e desligamento. O Employer Branding garante que a marca seja respeitada em todos os momentos em que o talento lida com o emprego”, afirma Dametto.  

O conceito tem origem na escola do Marketing, cujo objetivo é a busca da satisfação e encantamento dos clientes. “Pense em alguma marca que você estima. Imagine agora criarmos esta mesma sensação em relação ao trabalho/emprego oferecido por uma organização. E se as pessoas desejassem se engajar ao propósito do seu negócio? Este é o maior objetivo do conceito: potencializar o engajamento dos atuais e também dos potenciais empregados da organização”, destaca.

Entre os passos importantes para implementar o conceito está a definição do Employment Value Proposition (EVP), ou seja, uma proposta de valor com os atributos que diferenciam o emprego na organização de outras oportunidades de trabalho no mercado nacional, e até mesmo global. “Finalmente, devem ser monitoradas métricas que comprovem que a estratégia definida foi bem-sucedida”, explica Dametto.

Quanto aos ganhos quantitativos, há melhorias significativas como a redução de custo de contratação, aumento nos níveis de engajamento e satisfação dos colaboradores, diminuição do tempo para o preenchimento de vagas, satisfação de candidatos etc. Quanto aos ganhos quantitativos, estão a reputação organizacional e satisfação dos clientes externos. 

Até momento no Brasil, não há casos reconhecidos de sucesso na implantação do Employer Branding, porém, algumas empresas certamente partirão à frente nesta estratégia para criar formas efetivas de atrair e reter talentos, comprovando sua participação no ambiente contemporâneo dos negócios. 

Fonte: HSM Management



18 de agosto de 2011

O CMMI e sua implementação na Neoway


Qualidade de software é a totalidade das características (funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade) de um produto que lhe confere a capacidade de satisfazer às necessidades explícitas e implícitas do cliente. 

O CMMI (Capability Maturity Model Integration) é um modelo de referência que provê orientações para o desenvolvimento de processos de softwares e consiste na melhoria das práticas que envolvem a execução de atividades, desde o desenvolvimento até a manutenção do produto, atingindo assim todo o ciclo de vida de um projeto. 

O modelo do CMMI foi criado para ajudar e orientar as empresas na busca pela melhoria de seus processos. Com escala de níveis de maturidade, fornece às organizações um caminho comprovado para melhoria.  Os níveis de maturidade correspondem à capacidade da empresa em realizar processos grandes e complexos. Eles são qualificados da seguinte forma:

- Nível 1 - Inicial: a empresa possui processos ad hoc e caóticos. Neste ponto ela ainda não possui nenhuma das áreas de processo implementadas;
- Nível 2 - Gerenciado: a empresa possui processos gerenciados e caracterizados por projetos, mas muitas vezes ainda trabalha de forma reativa;
- Nível 3 - Definido: a empresa possui processos definidos e caracterizados para a organização. Normalmente a empresa trabalha de forma ativa;
- Nível 4 - Gerenciado Quantitativamente: a empresa mede e controla os seus processos;
- Nível 5 - Em Otimização: a empresa tem o foco em descobrir a causa de seus problemas e melhorar continuamente os seus processos.

A qualificação CMMI certifica a maturidade de unidades organizacionais específicas de uma empresa, o que significa que ela implementa todas as áreas de processo do respectivo nível. Além disso, a adoção do modelo e análise formal por um avaliador certificado pela CEI (Certified Lead Appraiser) fornece uma nota que permite a comparação entre empresas, portanto, ter a certificação CMMI passou a ser um referencial mundial na escolha do fornecedor. 

Para entendermos e acompanharmos a implantação e avaliação do CMMI na Neoway, Mariana Medeiros de Paula, nossa Gerente de Qualidade, responde algumas questões: 

Qual a importância e os benefícios do CMMI para a Neoway?

O CMMI tem por objetivo trazer para nossa organização um método definido de desenvolvimento de software para que os projetos Neoway sigam um processo gerenciado e o conhecimento de todos fique retido na organização e não no funcionário. Acredito que o maior benefício que o CMMI-DEV trará para a Neoway é o controle dos projetos com relação a prazos (cronograma), custos, recursos (pessoas) e qualidade dos nossos produtos. Hoje possuímos um processo de desenvolvimento de software que mostra aos nossos parceiros e vendedores que somos uma organização preocupada com qualidade e, principalmente, preocupada com o nosso cliente e com o que ele espera do nosso produto. Os projetos gerenciados através de um processo definido geram um nível de documentação exemplar, fazendo com que seja criado histórico de tudo que é desenvolvido na organização e, o mais importante, para que possamos aprender com base na documentação gerada, de maneira a aproveitá-las em futuros projetos e produtos a serem desenvolvidos. 

Qual a maior dificuldade encontrada na implantação do modelo?

Uma das maiores dificuldades encontradas na definição de um processo de desenvolvimento de software é o tempo. Todos os nossos recursos tiveram que parar suas atividades diárias para modelar um processo que se adeque às necessidades reais da Neoway e também, enraizar esta metodologia no dia-a-dia para que ela faça parte da cultura da empresa. Nosso maior desafio no foi retirar a ideia de que um processo é “burocrático”, pois é necessário gerar muita documentação. Porém, hoje todos estão colhendo os benefícios de termos um processo definido que já opera na Versão 1.4, o que mostra que ele está sendo utilizado e, o melhor de tudo, melhorias estão sendo feitas para que cada vez mais ele se adeque à realidade da empresa.

Quando seremos avaliados dentro do modelo?

O CMMI conta com duas etapas de avaliação. Uma é chamada de SCAMPI B, que é uma pré-avaliação (não oficial) de como estamos hoje é o primeiro overview que o avaliador terá de nossa organização. Após o SCAMPI B, o avaliador envia um documento chamado “Redness Review”, que são todos os pontos fracos encontrados na Neoway. Nosso SCAMPI B está programado para acontecer no dia 29 de Agosto de 2011, e terá duração de uma semana. Após termos corrigido todos os pontos fracos encontrados pelo avaliador, será feita a avaliação oficial chamada SCAMPI A, no dia 28 de Novembro de 2011. A equipe que fará parte da avaliação é Jéssica Eichler, Francielly Feijó, Alessandra Zoucas (Incremental Tecnologia), eu, e nosso avaliador Antonio Braga. Para fazer parte da equipe de avaliação é necessário ter feito o Curso Oficial de Introdução ao CMMI que gera um certificado atestando que toda a equipe possui os conhecimentos necessários para fazer parte da avaliação. Este certificado é emitido pela SEI (Software Engineering Institute).

Temos capacidade para qualificação em qual nível?

Hoje estamos aplicando para a certificação Nível 2 (Gerenciado) e nossas expectativas são de obter a Certificação Nível 3 (Definido) no final do ano de 2013. Portanto, no início do mesmo ano estaremos iniciando um intenso trabalho de adequação para o Nível 3, aumentando nossa credibilidade perante os nossos clientes e principalmente, crescendo de forma estruturada.



8 de agosto de 2011

Construção Civil e Tecnologia da Informação



Apesar de ter uma representante entre os dez primeiros colocados da pesquisa 'As 100+ Inovadoras no Uso de TI', realizada pela Deloitte, o setor de construção civil é marcado pelo conservadorismo e tem uma das piores médias em processo de inovação. Mesmo com o ganho de força de negócios diante de projetos governamentais como o ‘Minha Casa, Minha Vida’ e obras de infraestrutura que se alastram pelo território nacional, mirando eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que serão sediadas do Brasil, o segmento ainda mantém uma postura conservadora quando se discute aplicação de tecnologia.

Porém, ainda que diante deste diagnóstico, algumas companhias não deixam de investir em TI, seja para suportar alguma necessidade de mercado, atender à demanda de clientes ou mesmo prover infraestrutura para a abertura de novas unidades. Por exemplo, na Enasa (segunda colocada da pesquisa 100+, na categoria construção civil da Revista InformationWeek Brasil), até o ano passado não se falava em orçamento específico para a área de TI.

Segundo o CIO da companhia, havia apenas o levantamento dos projetos necessários para atingirem-se as metas de negócios, uma cotação e depois, um aval positivo ou negativo. Porém, o executivo afirma que já houve um avanço considerável e o investimento em tecnologia deve encerrar o ano em R$ 3,5 milhões, por conta de dois projetos vistos como mais significativos, que é o controle online efetivo de todas as obras para a administração e saber o quanto de ‘hora x homem’ é realmente gasto em cada uma delas. Hoje estes controles até existem, mas leva até duas semanas para consolidar os dados coletados em campo.

Há também na empresa uma força-tarefa em computação em nuvens, para revelar módulos do ERP Dynamics neste ambiente e, embora não haja um processo formal de inovação na companhia, eles trabalham com PMI, além de KPI níveis 1, 2 ou 3. "Temos processos e documentações internas, o surgimento de ideias é um misto. Temos o comitê de governança e gestão na TI, onde me reúno quinzenalmente com os coordenadores. A ideia de nuvem veio de um deles", afirma o CIO.

Embora ainda haja desafios na construção de processos de inovação e precisão nos orçamentos, o maior deles será cultural para que as mudanças e benefícios aconteçam de maneira ordenada e homogênea em todo o Brasil, de forma a garantir a satisfação dos executivos, diretores e clientes da construção civil.


1 de agosto de 2011

Segurança da Informação


Segurança da Informação é um tema que ganha cada vez mais espaço na agenda dos executivos de TI. Tal reação deve-se a fatores como: a crescente adoção da Web 2.0, o amadurecimento do crime digital organizado, a sofisticação da ação de hackers, a crise econômica e o aumento das exigências associadas à conformidade as normas e regulamentações. 

Outro ponto que demanda investimento em segurança é o acesso remoto às redes e dados corporativos. Segundo o IDC, mais de 75% da força de trabalho dos EUA se dão de forma remota e a estimativa é que, no Brasil, este índice também cresça proporcionalmente ao aumento do setor de serviços. 

Diante destes fatores, o investimento em segurança da informação passa a ser cada vez mais necessário e significativo para as organizações. No Brasil, segundo pesquisas realizadas pela Pricewaterhouse Coopers, a expectativa é que haja aumento substancial de investimentos com segurança da informação, podendo chegar a 10% do orçamento anual das corporações. 

Contudo, a prática efetiva de segurança da informação em qualquer organização exige mais do que investimento em tecnologia. É preciso que as empresas possuam uma gestão que consiga integrar ao ambiente de TI, regulamentações, inovações tecnológicas, processos e pessoas. A gestão da segurança corporativa deve ser ágil de forma a suportar e integrar toda e qualquer nova tecnologia em suas atividades.  

Porém, nem sempre as áreas de TI conseguem ter uma ação efetiva para atender as necessidades que compreendem os processos de segurança. É neste ponto que entram os parceiros estratégicos. Estes deverão oferecer suporte aos principais processos e definições do plano estratégico de segurança da informação, análise das demandas, gestão e suporte na elaboração de políticas e processos, seleção e implementação de tecnologias e soluções, bem como prestação de serviços gerenciados de TI, dos quais é possível destacar atividades preventivas de análise e correção de vulnerabilidades, atividades de monitoramento, gestão de logs e ações corretivas. 

Desta forma, dado o cenário de negócios que estamos vivenciando, apenas com uma gestão integrada e suporte adequado é que os responsáveis pela segurança da informação poderão diminuir as áreas frágeis de seu ambiente de TI e blindar seu negócio contra eventuais riscos. 

Fonte: BlogCorporativo